Thursday, October 12, 2006

Amizade

Só porque sim.
A sério que não precisava de nada!
O telefonema tinha o único objectivo de lhe dizer que gostava muito dela.
Que tinha saudades.
Do seu sorriso maroto, das suas sobrancelhas espessas, dos seus olhos grandes.
Da sua forma de estar na vida, da sua força e da sua alegria.
Do seu carácter duro, mas generoso.
Da sua presença física na sua vida.
Das viagens e pessoas que partilharam.

Não disse que tinha saudades dele quando estava com ela.
Não disse que tinha saudades dos tempos em que não precisava de ter saudades dela.
Não disse que sentia a falta da juventude e da frescura que ele tinha quando partilharam tantos momentos.
Não precisava - ela ouviu na mesma.

Disse-lhe que se tinha lembrado dela e decidira ligar-lhe.
Disse-lhe que se tinha lembrado dela muitas outras vezes em que não tinha ligado.
Disse-lhe também que a considerava sua Amiga.
Daquelas que estão sempre lá quando é preciso, daquelas em que se confia e com quem se podem partilhar bons e maus momentos.
Disse-lhe que se tinha apercebido que sempre fora muito importante para ele, mesmo quando não tinha ainda pensado que ela era muito importante para ele.

Pediu-lhe desculpas.
Por nem sempre dizer que gostava dela.
Por nem sempre a convidar a estar presente nos acontecimentos da sua vida.
Por poder, em algum momento, tê-la feito pensar que ela não era importante para ele.

Disse-lhe tudo isto há já muito tempo.
Mas ela ainda se lembra, com emoção, de todas e cada uma das suas palavras.

Porque podiam perfeitamente ter saído da boca dela para o ouvido dele, com a mesma veracidade e ternura...

Porque são um delicioso Prego que carrega com leveza no coração...


Cumprimentos a Guimarães

5 Comments:

Blogger Maria Papoila said...

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12:54 PM  
Blogger Maria Papoila said...

Sinto estas palavras como se fossem minhas, talvez porque sempre fui capaz de as dizer, no momento certo, quando as sentia...
No entanto sempre esperei ouvir algo semelhante de alguém que sei que oas sente, nunca me conseguiu dizer...
Mas porque sou como sou e nunca conseguiria ser diferente, ainda hoje, sempre que posso, seja de que forma for...faço questão de mostrar o que está presente, que mesmo longe ainda partilhamos momentos, faço questão de lembrar que é especial, ainda lhe tento dar aquela força que precisa, mesmo quando já não a tenho...
Encontrei para tudo isto um nome, pequeno, mas que traduz o que não tem palavras nem explicação...
Porque quando gostamos verdaeiramente de alguem, nunca esquecendo o quanto gostamos de nós,
Quando aprendemos a gostar de alguém conhecendo o seu melhor e o seu pior, e mesmo assim gostamos mais ainda,
Quando nos deixamos encantar por aquilo que um dia nos fez resmungar,
Quando partilhamos lagrimas e sorrisos, simplesmente porque é na partilha e na entrega que estão os verdadeiros laços...eu diria que encontramos um Amor incondicional.
Esse não passa, cresce...
Esse não magoa, tranquiliza...
Esse não se reclama, so se agradece!

1:05 PM  
Blogger Inspector Serra said...

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8:18 AM  
Blogger Nuno Almeida said...

Joana Lourenço?
És mesmo tu, a Joana de Castelo Branco, agora de Coimbra?
O excelente par de dança?
Se és mesmo tu, aqui vai um beijo de um amigo pé de chumbo, que até disfarçava bem. Se não és não faz mal, desjo apenas um feliz Natal.
Nuno (Seia)

3:55 AM  
Blogger Chocolate said...

Querido Expresso do Ocidente:

Aceito o teu beijo, mas não acho nada que sejas pé de chumbo!

That's me! :)

Boas festas

3:59 AM  

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