Sapinho
Há dias assim...
Em que tentamos fechar a boca, mastigar normalmente, mas ele não deixa.
Ele. Aquele sapo que nos empurraram garganta abaixo e nos forçaram a engolir, mas que continua ali, teimoso, com uma perninha de fora, insistindo em não se deixar deglutir...
Principalmente quando o motivo do repasto é o facto de se ser mulher, ou mais exactamente "miúda".
Quem me conhece sabe que tenho problemas gravíssimos de digestão com este tipo de "manjar" e que dificilmente levo uma desfaçatez para casa.
Tenho total e absoluta falta de paciência para dois tipos de características que abundam na nossa sociedade de uma maneira geral (e no funcionalismo público em particular): incompetência e falta de educação.
Pois aturei as duas, reunidas numa única e desprezível criatura, que ainda tem o desplante de achar que faz parte da profissão que com orgulho exerço. Um Sr. "Colega".
"Ossos do ofício", repeti mentalmente para mim própria até achar que me tinha convencido, "Respira fundo: é tudo em prol de um bem maior"
E hoje, por causa do tal sapo que ainda não me deixa articular correctamente as palavras, ganhei um braço de ferro de titãs.
E sinto-me orgulhosa de mim mesma.
O miserável batráquio, que continua a espreitar para o fundo da minha laringe, sem conseguir descortinar-lhe o fundo, permitiu-me concluir o assunto em causa "à minha maneira", com inegável ganho para os meus clientes.
Agora, depois de descarregada num papel dirigido ao "Sr. Colega" toda a minha fúria, indignação e desprezo, ao sentir o desgraçado batráquio iniciar a vertiginosa descida rumo às profundezas do meu ser, não consigo deixar de sorrir...
Querido sapinho!... :)
Em que tentamos fechar a boca, mastigar normalmente, mas ele não deixa.
Ele. Aquele sapo que nos empurraram garganta abaixo e nos forçaram a engolir, mas que continua ali, teimoso, com uma perninha de fora, insistindo em não se deixar deglutir...
Principalmente quando o motivo do repasto é o facto de se ser mulher, ou mais exactamente "miúda".
Quem me conhece sabe que tenho problemas gravíssimos de digestão com este tipo de "manjar" e que dificilmente levo uma desfaçatez para casa.
Tenho total e absoluta falta de paciência para dois tipos de características que abundam na nossa sociedade de uma maneira geral (e no funcionalismo público em particular): incompetência e falta de educação.
Pois aturei as duas, reunidas numa única e desprezível criatura, que ainda tem o desplante de achar que faz parte da profissão que com orgulho exerço. Um Sr. "Colega".
"Ossos do ofício", repeti mentalmente para mim própria até achar que me tinha convencido, "Respira fundo: é tudo em prol de um bem maior"
E hoje, por causa do tal sapo que ainda não me deixa articular correctamente as palavras, ganhei um braço de ferro de titãs.
E sinto-me orgulhosa de mim mesma.
O miserável batráquio, que continua a espreitar para o fundo da minha laringe, sem conseguir descortinar-lhe o fundo, permitiu-me concluir o assunto em causa "à minha maneira", com inegável ganho para os meus clientes.
Agora, depois de descarregada num papel dirigido ao "Sr. Colega" toda a minha fúria, indignação e desprezo, ao sentir o desgraçado batráquio iniciar a vertiginosa descida rumo às profundezas do meu ser, não consigo deixar de sorrir...
Querido sapinho!... :)